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Colônias de Nova Friburgo
COLÔNIA DA SUÍÇA:
DATA COMEMORATIVA: 01 DE AGOSTO
Em 1818, D. João VI autorizou a vinda de 100 famílias do cantão de Fribourg, numa experiência pioneira no Brasil, fazendo surgir em 1820 a vila de Nova Friburgo. O Memorial da Colonização, a Escola de Queijo e Chocolate, resgataram a memória desta colonização. A Colônia comemora o seu dia 1 de agosto, data da unificação da confederação helvética.
COLÔNIA DA ALEMANHA:
DATA COMEMORATIVA: 03 DE MAIO
A presença alemã em Nova Friburgo começou em 03 de maio de 1824, quando chegaram os primeiros imigrantes alemães contratados, experiência pioneira em todo o Brasil. trouxeram com eles a religião Luterana. Em 1911, novas levas de imigrantes desenvolvera um parque industrial que revolucionou a economia da cidade e regiões vizinhas, alcançando destaque em todo o Brasil
IMAGENS DAS ATIVIDADES DO CENTRO CULTURAL
TEUTO FRIBURGUENSE
REPRESENTAÇÃO ALEMÃ, A PRIMEIRA DO PAÍS
TRAJES DE FRITZ E FRIDA
CULINÁRIA E RECEITAS ALEMÃS
IGREJA LUTERANA DE NOVA FRIBURGO
COLÔNIA DA ITÁLIA:
DATA COMEMORATIVA: 02 DE JUNHO
Os primeiros italianos chegaram a Nova Friburgo por volta de 1855. Destacaram-se no comércio, como a Casa Miele, Vassalo, Lo Bianco, Spinelli, Mina de Ouro, profissões liberais e na vinda de instituições religiosas, como os colégios Anchieta e Nossa Senhora das Dores. A Colônia comemora o seu dia 02 de junho, dia da unificação italiana.
A Presença Italiana em Cantagalo e Nova Friburgo
Por: Henrique Bon e Márcia Salomone
A historia do povoamento da região serrana
fluminense, notadamente no que viria a
ser o distrito das Novas Minas de Cantagallo, contempla inicialmente o fenômeno
do garimpo, em função do qual mineradores clandestinos, originários em sua
maioria de Minas Gerais, atravessariam, na segunda metade do século XVIII, o
caudaloso rio Paraíba em direção ao que foi incorretamente denominado à época,
como o “Sertão do Macacu”.
Aprisionados em 1786 os faiscadores
clandestinos, no ano seguinte já os vales do rio Negro, Grande e seus afluentes
seriam abertos oficialmente ao garimpo, desta feita, controlado pela coroa
lusitana.
Destes habitantes, em geral homens, solteiros ou
desimpedidos, e caracterizados por uma grande mobilidade territorial, poucos
registros permaneceram, além de alguns nomes consignados em relatório pelo
sargento-mor Pedro Afonso Galvão de São Martinho – responsável pela captura dos
primeiros – e pelos decretos do desembargador Manoel Pinto da Cunha e Sousa –
encarregado da distribuição das datas auríferas aos segundos.
A escassez do metal precioso, que antes se imaginara abundante
e capaz de compensar a decrescente produção das Minas Gerais, logo resultaria
em abandono das lavras, migrando a atividade econômica regional para a
lavoura. Desta forma, já em finais do
século XVIII e alvores do século XIX, fazendas surgem na região, cujos
proprietários dedicam-se inicialmente ao plantio da cana e logo depois do café.
Esta nova leva de povoadores, nitidamente mais disposta a criar raízes, será
composta de alguns poucos remanescentes do garimpo, de alguns indivíduos
ligados à antiga administração do desembargador Pinto e Souza, bem como de
antigos habitantes de Minas Gerais, de imigrantes dos Açores, portugueses
continentais e velhos moradores do município de Santo Antônio de Sá, então sede
do vasto território. Com estes viria um numero crescente de escravos, ao mesmo
tempo em que os indígenas, primeiros habitantes, abandonariam pouco a pouco o
cenário até a quase total extinção – por doenças, confrontos, desalojamento de
suas terras – já na segunda metade do século XIX.
A emancipação de Cantagalo em 1814, o desmembramento
das terras que dariam origem à Nova Friburgo em 1818 e a chegada dos suíços no
ano seguinte, representariam um novo ímpeto no povoamento regional, surgindo
nas décadas seguintes, os diversos arraiais, embriões de mais de uma dezena de
municípios, cuja população seria acrescida, a partir das últimas três décadas
do século XIX, por um fluxo quase inesgotável de italianos, em geral
agricultores que, em regime de colonato, dedicavam-se ao plantio do café nas
suntuosas fazendas – à exceção de nova Friburgo – erigidas à custa do braço
escravo e financiadas pela produção da rubiácea.
Se os italianos, porém, chegam aos borbotões na época
mencionada, estes – o que poucos sabem – já se fariam presentes inclusive entre
os suíços de 1819, ou seja, cerca de cinqüenta anos antes que a migração
sistemática da península itálica viesse a mudar a face dos municípios aqui
referidos, da província fluminense e mesmo do país. Como declara
Pedro Machado de Miranda Malheiro, Inspetor da Colonização Estrangeira,
referindo-se aos recém chegados...
[há] gente italiana, francesa, alemã...arranjaram na
mesma lista cem parentes tão artificialmente que muitas das pessoas que
compunham a mesma família não só não tinham uns com os outros nada, nem d’água
nem de sal...mas algumas nem se conmheciam...[1]
Com este prólogo, portanto, que consideramos
necessário, assinalaremos abaixo alguns dos italianos e respectivas famílias,
que viriam a preceder a grande vaga migratória de seus compatrícios em direção
a Nova Friburgo, Cantagalo e circunvizinhanças, estabelecendo como critério de
escolha dos mesmos, tão somente o pioneirismo, pertencessem à migração suíça de
1819 ou não.
ALLEGRO
Ambrosio Allegro, genovês de 41 anos, radicado no Rosário, em
Cantagalo, foi barbaramente assassinado em Nova Friburgo , na
noite de 22 de junho de 1829, dois dias após casar-se com a suíça Madelleine
Pilloud, com a qual já vivia maritalmente. Seu corpo, encontrado às 22 horas
apresentava múltiplas escoriações e cortes.
O casal deixou descendentes até os dias de hoje, alguns destes,
portando outros sobrenomes, radicados no estado do Paraná.
Genealogia:
1 – Ambrosio Allegro casado em Nova Friburgo aos 26/06/1829 com Madeleine Pilloud, nascida em Châtel-St-Dennis, Cantão de
Fribourg, filha de Jean Paul Pilloud e Françoise.....
1.1- João Manoel
Allegro (Allegre no original) n. 20/05/1825
1.2- Lívia
Allegro (Allegre no original) n. 14/01/1828. Cas. em Cantagalo, aos 26/09/1841
com Antoine Liaudat, filho de François Liaudat.[2]
BELLIENI
Francesco Andréa Bellieni, nascido em 1809, em Livorno, provável
sobrinho ou filho de um predecessor de nome Giuseppe Bellieni, chegou ao Brasil
em 1832, estabelecendo-se em
Cantagalo. Logo iria adquirir uma sesmaria, transformada
posteriormente na fazenda Córrego do Macuco. Como vários de seus compatriotas
do período, casou-se com uma suíça da migração de 1819, deixando numerosa prole
(vide genealogia).
Genealogia:
1- Francesco Andréa Bellieni, casou-se com Martha Lutolf, nascida
em 1813, filha de Joseph Lütolf e Jeanne Claudine Minari, suíços de Knutwil, Cantão
de Lucerne, radicados no Carmo.
1.1-
José
Lourenço Bellieni nasc em 1834 e fal. em 1891. Coronel da guarda nacional,
herdou a fazenda paterna. Cas. com Ana Coelho de Magalhães, filha de Francisco
Coelho de Magalhães e Clara Maria da Silva. Dez filhos:
1.1.1- Alberto Augusto Bellieni, comerciante em Cantagalo. Cas. c.
Joanna de Roure.
1.1.1.1-
Elvira Bellieni c. c. .............Goulart
1.1.1.2-
Maria
Bellieni c. c. ............D’Olival
1.1.2- Eduardo Francisco Bellieni, faz. em
Cachoeiras de Macacu c. c. Luiza Fagundes.
1.1.3- Amélia Bellieni c. c. Adolphe Kuenzi, faz.
em S. R. do Rio
Negro e comerciante.
1.1.4- João André Bellieni n. 1835 f . 1873. Capitão da
Guarda Nacional c. c. Cândida de Roure. Era proprietário da fazenda São Joaquim
em S. Sebastião
do Alto.
BELLIENI II
Catherina Marguerita Bellieni, provável irmã do anterior, teria
sido batizada na catedral de “Nancy” (provavelmente Nizza, assinalada como
Nancy por erro do escriba), filha de Giuseppe Lorenzo Bellieni e Marta Maria
“Rusca” (Fusca?)
Genealogia:
1-Catherina Marguerita Bellieni cas. 15/04/1833 c. Adolphe
“Pompom”, bat. na freg. de S. Germain ..?., Paris, filho de Jean Baptiste
Pompom e Louise “Colombe” “Pety”(?).
BOVIO
O italiano Michele Luigi Bovio, ou Michel Louis Bovio, como
lhe queria o abade Joÿe, filho de certo Bernard Bovio, chegou ao Brasil
juntamente com os suíços, a bordo do navio Elisabeth-Marie, sem passaporte,
tendo embarcado como natural do Valais. Solteiro, na colônia de Nova Friburgo
ocuparia ele por um breve tempo, a casa 17 e o lote 99, logo se deslocando para
o município de Cantagalo, onde viria a se casar com Marie Trouilat. Em data
indeterminada venderá sua propriedade para o suíço do Jura, Henri Joseph
Cortat, partindo para a freguesia de São Francisco de Paula, atual município de
Trajano de Morais.
Uma família com
tal sobrenome, subsiste em Campos dos Goitacazes, não havendo no momento como
se estabelecer uma relação parental entre esta e o imigrante.
Genealogia:
1- Michele Luigi Bovio c. c. Marie Trouillat, filha de Henri Trouillat e
Madeleine Guinans.
1.1-
José Bovio bat. em Cantagalo aos 05/02/1824
1.2-
Thereza Maria Madalena Bovio b. em Cantagalo aos
06/05/1827. Cas. em setembro de 1848, na freguesia de São Francisco de Paula,
com Manoel José de Paula, natural da freguesia de Cantagalo, filho de José
Francisco de Paula e B... Maria da Conceição[3].
1.3-
Miguel Bovio n. 30/09/1839
GUERRINI
.................Guerrini,
italiano de vida aventuresca, teria se engajado na marinha de guerra britânica,
casando-se com a irlandesa de Belfast .................Hamilton. O casal se
radicaria em Cantagalo em época indeterminada, deixando pelo menos duas filhas,
uma delas casada com o vice-cônsul suíço em Cantagalo Charles
Euler.
MOGLIA
Ângelo Moglia
era provavelmente italiano e se estabelecera em torno de 1826 em Cantagalo. Na verdade
não há certeza plena quanto a origem deste personagem, citado em várias cartas
do acervo de correspondência privada de Henri Bon, suíço de Genève e seu amigo
pessoal.
Consta que o
mesmo teria efetuado mais de uma viagem , à negócios, a Valparaíso, no Chile.
PASTINE
Domenico
Pastine era natural de Gênova e chegara ao Brasil com 42 anos, juntamente com a
leva dos suíços de 1819, a
bordo do navio Daphne. Casado desde a Europa, com a francesa Françoise de
Quevremont, irmã do chefe de polícia Emmanuel François de Quevremont.
Não
deixou descendência.
TANNY
Christophoro
Tanny era um italiano, do qual não se conhece a origem precisa, que em 1832
habita as imediações de Nova Friburgo. De caráter turbulento, em outubro
daquele ano a Câmara Municipal se pronunciaria contra ele, considerando-o “ réu
de três crimes na vila”.
Pouco
mais se sabe sobre o mesmo, que cinco anos após seria encontrado morto com um
tiro, próximo ao “Village de Baixo”.
COLÔNIA DO LÍBANO:
DATA COMEMORATIVA: 22 DE NOVEMBRO
Por volta de 1870 chegavam à Nova Friburgo os primeiros imigrantes libaneses, trabalhando inicialmentecomo mascates e depois se destacando em diversas atividades. O Brasil abriga hoje o maior número de libaneses do mundo fora do Líbano, em torno de oito milhões.
COLÔNIA DO JAPÃO:
DATA COMEMORATIVA: 29 DE ABRIL
Os japoneses chegaram ao Brasil a partir de 1908 e logo se destacaram na agricultura, oferecendo sua tecnica para melhorar as culturas brasileiras. A presença japonesa em Nova Friburgo começou em 1927, quando aqui chegou o engenheiro agrônomo Tohoro Kassuga, com sua família. A Colõnia comemora o seu dia em 29 de abril, data natalícia do imperador Hiroíto.
COLÔNIA DA ESPANHA:
DATA COMEMORATIVA: 12 DE OUTUBRO
Os espanhóis chegaram a Nova Friburgo no final do século XIX. Destacaram-se no comércio, nas olarias e na construção civil (prédio do Colégio Anchieta). A religiosidade é uma característica marcante: o Colégio Nossa Senhora das Mercês foi fundado por uma ordem espanhola. A Colônia comemora o seu dia em 12 de outubro, dia do descobrimento da américa.
COLÔNIA DE PORTUGAL:
DATA COMEMORATIVA: 10 DE JUNHO
A presença portuguesa na região remonta ao século XVIII, quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal. Destacaram-se na música (Banda Euterpe), comércio e construção civil. Em 11 de junho de 1933, foi fundado o Grêmio Português de Nova Friburgo. A Colônia comemora o seu dia 10 de junho, dia da morte de Camões.
COLÔNIA DA ÁUSTRIA:
DATA COMEMORATIVA:26 DE OUTUBRO
O Brasil e a Áustria têm uma relação antiga e profunda, desde o casamento de D. Pedro I com a princesa autríaca D. Leopoldina. Em Nova Friburgo, os austríacos se destacaram nas indústrias têxteis e no comércio, frutificando daí uma herança de tecnologia, trabalho, alegria e originalidade. A colônia comemora o seu dia em 26 de outubro.
COLÔNIA DA HUNGRIA:
DATA COMEMORATIVA: 23 DE OUTUBRO
Os húngaros que aqui se estabeleceram trouxeram consigo a confiança num mundo melhor. Pioneiros em muitas atividades, indústria do vestuário infantil, tintura em fio sintético, tiveram destaque também na hotelaria e na gastronomia. A Colônia comemora seu dia em 23 de outubro, dia da revolução de 1956, quando os húngaros se insurgiram contra a presença soviética em seu país.
COLÔNIA PAN-AFRICANA:
DATA COMEMORATIVA: 20 DE NOVEMBRO
A Presença africana na região remonta ao século XVIII, em fazendas ou quilombos. Os negros muito contribuiram para o progresso da cidade. Hoje, os afro-descendentes constituem 55% da população. Em 1983, foi fundado o centro cultural Afro-Brasileiro YSUN-OKÊ. A Colônia comemora o Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares.
Em breve as fotos dos eventos de cada colônia.