quinta-feira, 7 de março de 2013

COLÔNIAS NOVA FRIBURGO - RJ

SEJAM BEM VINDOS AO BLOG DA ETR DOS POVOS COLONIZADORES EM NOVA FRIBURGO. EM BREVE A HISTÓRIA, AS FESTAS E CURIOSIDADES DA COLÔNIAS DA SUÍÇA BRASILEIRA. AGUARDEM...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COLÔNIAS NOVA FRIBURGO - RJ



Gifs Animados

 Colônias de Nova Friburgo

SEJAM BEM-VINDOS AO BLOG DA ETR DOS POVOS COLONIZADORES EM NOVA FRIBURGO. EM BREVE A HISTÓRIA, AS FESTAS E CURIOSIDADES DA COLÔNIAS DA SUÍÇA BRASILEIRA.
COLÔNIA DA SUÍÇA:

DATA COMEMORATIVA: 01 DE AGOSTO

Em 1818, D. João VI autorizou a vinda de 100 famílias do cantão de Fribourg, numa experiência pioneira no Brasil, fazendo surgir em 1820 a vila de Nova Friburgo. O Memorial da Colonização, a Escola de Queijo e Chocolate, resgataram a memória desta colonização. A Colônia comemora o seu dia 1 de agosto, data da unificação da confederação helvética.

COLÔNIA DA ALEMANHA:

DATA COMEMORATIVA: 03 DE MAIO

A presença alemã em Nova Friburgo começou em 03 de maio de 1824, quando chegaram os primeiros imigrantes alemães contratados, experiência pioneira em todo o Brasil. trouxeram com eles a religião Luterana. Em 1911, novas levas de imigrantes desenvolvera um parque industrial que revolucionou a economia da cidade e regiões vizinhas, alcançando destaque em todo o Brasil

IMAGENS DAS ATIVIDADES DO CENTRO CULTURAL 
TEUTO FRIBURGUENSE

REPRESENTAÇÃO ALEMÃ, A PRIMEIRA DO PAÍS

TRAJES DE FRITZ E FRIDA




CULINÁRIA E RECEITAS ALEMÃS



IGREJA LUTERANA DE NOVA FRIBURGO


COLÔNIA DA ITÁLIA:

DATA COMEMORATIVA: 02 DE JUNHO

Os primeiros italianos chegaram a Nova Friburgo por volta de 1855. Destacaram-se no comércio, como a Casa Miele, Vassalo, Lo Bianco, Spinelli, Mina de Ouro, profissões liberais e na vinda de instituições religiosas, como os colégios Anchieta e Nossa Senhora das Dores. A Colônia comemora o seu dia 02 de junho, dia da unificação italiana.





A Presença Italiana em Cantagalo e Nova Friburgo

Por: Henrique Bon e Márcia Salomone


            A historia do povoamento da região serrana fluminense,  notadamente no que viria a ser o distrito das Novas Minas de Cantagallo, contempla inicialmente o fenômeno do garimpo, em função do qual mineradores clandestinos, originários em sua maioria de Minas Gerais, atravessariam, na segunda metade do século XVIII, o caudaloso rio Paraíba em direção ao que foi incorretamente denominado à época, como o “Sertão do Macacu”.
         Aprisionados em 1786 os faiscadores clandestinos, no ano seguinte já os vales do rio Negro, Grande e seus afluentes seriam abertos oficialmente ao garimpo, desta feita, controlado pela coroa lusitana.
Destes habitantes, em geral homens, solteiros ou desimpedidos, e caracterizados por uma grande mobilidade territorial, poucos registros permaneceram, além de alguns nomes consignados em relatório pelo sargento-mor Pedro Afonso Galvão de São Martinho – responsável pela captura dos primeiros – e pelos decretos do desembargador Manoel Pinto da Cunha e Sousa – encarregado da distribuição das datas auríferas aos segundos.
A escassez do metal precioso, que antes se imaginara abundante e capaz de compensar a decrescente produção das Minas Gerais, logo resultaria em abandono das lavras, migrando a atividade econômica regional para a lavoura.  Desta forma, já em finais do século XVIII e alvores do século XIX, fazendas surgem na região, cujos proprietários dedicam-se inicialmente ao plantio da cana e logo depois do café. Esta nova leva de povoadores, nitidamente mais disposta a criar raízes, será composta de alguns poucos remanescentes do garimpo, de alguns indivíduos ligados à antiga administração do desembargador Pinto e Souza, bem como de antigos habitantes de Minas Gerais, de imigrantes dos Açores, portugueses continentais e velhos moradores do município de Santo Antônio de Sá, então sede do vasto território. Com estes viria um numero crescente de escravos, ao mesmo tempo em que os indígenas, primeiros habitantes, abandonariam pouco a pouco o cenário até a quase total extinção – por doenças, confrontos, desalojamento de suas terras – já na segunda metade do século XIX.  


A emancipação de Cantagalo em 1814, o desmembramento das terras que dariam origem à Nova Friburgo em 1818 e a chegada dos suíços no ano seguinte, representariam um novo ímpeto no povoamento regional, surgindo nas décadas seguintes, os diversos arraiais, embriões de mais de uma dezena de municípios, cuja população seria acrescida, a partir das últimas três décadas do século XIX, por um fluxo quase inesgotável de italianos, em geral agricultores que, em regime de colonato, dedicavam-se ao plantio do café nas suntuosas fazendas – à exceção de nova Friburgo – erigidas à custa do braço escravo e financiadas pela produção da rubiácea.
Se os italianos, porém, chegam aos borbotões na época mencionada, estes – o que poucos sabem – já se fariam presentes inclusive entre os suíços de 1819, ou seja, cerca de cinqüenta anos antes que a migração sistemática da península itálica viesse a mudar a face dos municípios aqui referidos, da província fluminense e mesmo do país.  Como declara  Pedro Machado de Miranda Malheiro, Inspetor da Colonização Estrangeira, referindo-se aos recém chegados...

[há] gente italiana, francesa, alemã...arranjaram na mesma lista cem parentes tão artificialmente que muitas das pessoas que compunham a mesma família não só não tinham uns com os outros nada, nem d’água nem de sal...mas algumas nem se conmheciam...[1]
 

Com este prólogo, portanto, que consideramos necessário, assinalaremos abaixo alguns dos italianos e respectivas famílias, que viriam a preceder a grande vaga migratória de seus compatrícios em direção a Nova Friburgo, Cantagalo e circunvizinhanças, estabelecendo como critério de escolha dos mesmos, tão somente o pioneirismo, pertencessem à migração suíça de 1819 ou não. 

ALLEGRO

Ambrosio Allegro, genovês de 41 anos, radicado no Rosário, em Cantagalo, foi barbaramente assassinado em Nova Friburgo, na noite de 22 de junho de 1829, dois dias após casar-se com a suíça Madelleine Pilloud, com a qual já vivia maritalmente. Seu corpo, encontrado às 22 horas apresentava múltiplas escoriações e cortes.
O casal deixou descendentes até os dias de hoje, alguns destes, portando outros sobrenomes, radicados no estado do Paraná.

Genealogia:
1 – Ambrosio Allegro casado em Nova Friburgo  aos 26/06/1829 com Madeleine Pilloud,  nascida em Châtel-St-Dennis, Cantão de Fribourg, filha de Jean Paul Pilloud e Françoise.....
1.1- João Manoel Allegro (Allegre no original) n. 20/05/1825
1.2- Lívia Allegro (Allegre no original) n. 14/01/1828. Cas. em Cantagalo, aos 26/09/1841 com Antoine Liaudat, filho de François Liaudat.[2]

BELLIENI

Francesco Andréa Bellieni, nascido em 1809, em Livorno, provável sobrinho ou filho de um predecessor de nome Giuseppe Bellieni, chegou ao Brasil em 1832, estabelecendo-se em Cantagalo. Logo iria adquirir uma sesmaria, transformada posteriormente na fazenda Córrego do Macuco. Como vários de seus compatriotas do período, casou-se com uma suíça da migração de 1819, deixando numerosa prole (vide genealogia).

Genealogia:   
1- Francesco Andréa Bellieni, casou-se com Martha Lutolf, nascida em 1813, filha de Joseph Lütolf e Jeanne Claudine Minari, suíços de Knutwil, Cantão de Lucerne, radicados no Carmo.
1.1-        José Lourenço Bellieni nasc em 1834 e fal. em 1891. Coronel da guarda nacional, herdou a fazenda paterna. Cas. com Ana Coelho de Magalhães, filha de Francisco Coelho de Magalhães e Clara Maria da Silva. Dez filhos:
1.1.1- Alberto Augusto Bellieni, comerciante em Cantagalo. Cas. c. Joanna de Roure.
1.1.1.1-                 Elvira Bellieni c. c. .............Goulart
1.1.1.2-                 Maria Bellieni c. c.  ............D’Olival
1.1.2- Eduardo Francisco Bellieni, faz. em Cachoeiras de Macacu c. c. Luiza Fagundes.
1.1.3- Amélia Bellieni c. c. Adolphe Kuenzi, faz. em S. R. do Rio Negro e comerciante.
1.1.4- João André Bellieni n. 1835 f. 1873. Capitão da Guarda Nacional c. c. Cândida de Roure. Era proprietário da fazenda São Joaquim em S. Sebastião do Alto.


BELLIENI  II

Catherina Marguerita Bellieni, provável irmã do anterior, teria sido batizada na catedral de “Nancy” (provavelmente Nizza, assinalada como Nancy por erro do escriba), filha de Giuseppe Lorenzo Bellieni e Marta Maria “Rusca” (Fusca?)

Genealogia:
1-Catherina Marguerita Bellieni cas. 15/04/1833 c. Adolphe “Pompom”, bat. na freg. de S. Germain ..?., Paris, filho de Jean Baptiste Pompom e Louise “Colombe” “Pety”(?).

BOVIO

  O italiano Michele Luigi Bovio, ou Michel Louis Bovio, como lhe queria o abade Joÿe, filho de certo Bernard Bovio, chegou ao Brasil juntamente com os suíços, a bordo do navio Elisabeth-Marie, sem passaporte, tendo embarcado como natural do Valais. Solteiro, na colônia de Nova Friburgo ocuparia ele por um breve tempo, a casa 17 e o lote 99, logo se deslocando para o município de Cantagalo, onde viria a se casar com Marie Trouilat. Em data indeterminada venderá sua propriedade para o suíço do Jura, Henri Joseph Cortat, partindo para a freguesia de São Francisco de Paula, atual município de Trajano de Morais.
Uma família com tal sobrenome, subsiste em Campos dos Goitacazes, não havendo no momento como se estabelecer uma relação parental entre esta e o imigrante.

Genealogia:

1- Michele Luigi Bovio c. c. Marie Trouillat, filha de Henri Trouillat e Madeleine Guinans.
1.1-        José Bovio bat. em Cantagalo aos 05/02/1824
1.2-        Thereza Maria Madalena Bovio b. em Cantagalo aos 06/05/1827. Cas. em setembro de 1848, na freguesia de São Francisco de Paula, com Manoel José de Paula, natural da freguesia de Cantagalo, filho de José Francisco de Paula e B... Maria da Conceição[3].
1.3-        Miguel Bovio n. 30/09/1839

GUERRINI

.................Guerrini, italiano de vida aventuresca, teria se engajado na marinha de guerra britânica, casando-se com a irlandesa de Belfast .................Hamilton. O casal se radicaria em Cantagalo em época indeterminada, deixando pelo menos duas filhas, uma delas casada com o vice-cônsul suíço em Cantagalo Charles Euler.

MOGLIA

Ângelo Moglia era provavelmente italiano e se estabelecera em torno de 1826 em Cantagalo. Na verdade não há certeza plena quanto a origem deste personagem, citado em várias cartas do acervo de correspondência privada de Henri Bon, suíço de Genève e seu amigo pessoal.
Consta que o mesmo teria efetuado mais de uma viagem , à negócios, a Valparaíso, no Chile.

PASTINE

Domenico Pastine era natural de Gênova e chegara ao Brasil com 42 anos, juntamente com a leva dos suíços de 1819, a bordo do navio Daphne. Casado desde a Europa, com a francesa Françoise de Quevremont, irmã do chefe de polícia Emmanuel François de Quevremont.
Não deixou descendência.

TANNY

Christophoro Tanny era um italiano, do qual não se conhece a origem precisa, que em 1832 habita as imediações de Nova Friburgo. De caráter turbulento, em outubro daquele ano a Câmara Municipal se pronunciaria contra ele, considerando-o “ réu de três crimes na vila”. 
Pouco mais se sabe sobre o mesmo, que cinco anos após seria encontrado morto com um tiro, próximo ao “Village de Baixo”.









[2] Fragmento de Livro de Casamentos da IMC, fl 102.
[3] Os dados sobre o matrimonio de Theresa Bovio, nos foram gentilmente cedidos pelo Sr.Darli Bertazzoni Barbosa, descendente de Ambrosio Allegro.

COLÔNIA DO LÍBANO:

DATA COMEMORATIVA: 22 DE NOVEMBRO

Por volta de 1870 chegavam à Nova Friburgo os primeiros imigrantes libaneses, trabalhando inicialmentecomo mascates e depois se destacando em diversas atividades. O Brasil abriga hoje o maior número de libaneses do mundo fora do Líbano, em torno de oito milhões.

COLÔNIA DO JAPÃO:

DATA COMEMORATIVA: 29 DE ABRIL

Os japoneses chegaram ao Brasil a partir de 1908 e logo se destacaram na agricultura, oferecendo sua tecnica para melhorar as culturas brasileiras. A presença japonesa em Nova Friburgo começou em 1927, quando aqui chegou o engenheiro agrônomo Tohoro Kassuga, com sua família. A Colõnia comemora o seu dia em 29 de abril, data natalícia do imperador Hiroíto.

COLÔNIA DA ESPANHA:

DATA COMEMORATIVA: 12 DE OUTUBRO

Os espanhóis chegaram a Nova Friburgo no final do século XIX. Destacaram-se no comércio, nas olarias e na construção civil (prédio do Colégio Anchieta). A religiosidade é uma característica marcante: o Colégio Nossa Senhora das Mercês foi fundado por uma ordem espanhola. A Colônia comemora o seu dia em 12 de outubro, dia do descobrimento da américa.

COLÔNIA DE PORTUGAL:

DATA COMEMORATIVA: 10 DE JUNHO

A presença portuguesa na região remonta ao século XVIII, quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal. Destacaram-se na música (Banda Euterpe), comércio e construção civil. Em 11 de junho de 1933, foi fundado o Grêmio Português de Nova Friburgo. A Colônia comemora o seu dia 10 de junho, dia da morte de Camões.

COLÔNIA DA ÁUSTRIA:

DATA COMEMORATIVA:26 DE OUTUBRO

O Brasil e a Áustria têm uma relação antiga e profunda, desde o casamento de D. Pedro I com a princesa autríaca D. Leopoldina. Em Nova Friburgo, os austríacos se destacaram nas indústrias têxteis e no comércio, frutificando daí uma herança de tecnologia, trabalho, alegria e originalidade. A colônia comemora o seu dia em 26 de outubro.

COLÔNIA DA HUNGRIA:

DATA COMEMORATIVA: 23 DE OUTUBRO

Os húngaros que aqui se estabeleceram trouxeram consigo a confiança num mundo melhor. Pioneiros em muitas atividades, indústria do vestuário infantil, tintura em fio sintético, tiveram destaque também na hotelaria e na gastronomia. A Colônia comemora  seu dia em 23 de outubro, dia da revolução de 1956, quando os húngaros se insurgiram contra a presença soviética em seu país.

COLÔNIA PAN-AFRICANA:

DATA COMEMORATIVA: 20 DE NOVEMBRO

A Presença africana na região remonta ao século XVIII, em fazendas ou quilombos. Os negros muito contribuiram para o progresso da cidade. Hoje, os afro-descendentes constituem 55% da população. Em 1983, foi fundado o centro cultural Afro-Brasileiro YSUN-OKÊ. A Colônia comemora o Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares.

Em breve as fotos dos eventos de cada colônia.